segunda-feira, 19 de fevereiro de 2007

Love Hotels & ko-gals

Como em todo o lado, há hotéis só para a "brincadeira", não é?

A zona mais conhecida em Tóquio é o Red Light district em Shinjuku. No entanto, há mais zonas.
Shibuya é uma delas. Menciono Shibuya porque esta é uma zona "fixe", sempre cheia de juventude que quer ser 'cool', além ser uma zona de engate com estrangeiros e, juntando isto tudo, muitos anúncios e filmes são lá filmados, como por exemplo, o "Lost in Translation".

Os Love Hotel japoneses têm uma característica muita e
ngraçada: a decoração...
Entra-se pela garagem. A recepção não tem qualquer empregado mas sim um quadro de fotos luminosas dos quartos e uma máquina para se pagar com cartão. Tudo muito discreto, portanto.

O interior do quarto é decorado conforme as fantasias mais maradas: o mundo das corridas de carros, o castelo de princesas, um comboio, o mar e as sereias.... conseguem imaginar?
Não?
As paredes pintadas como se se estivesse no meio do mar, por exemplo; a cama em forma de carro ou castelo...

Os Love Hotel são prática corrente para ter um caso, visto a facilidade de anonimato.

Tem-se a opção de pagar por 3h ou por noite.
3h custa 3000 yen=25€ e uma noite custa 8000 yen=65€.

E depois existem os bares de "hostess" (hospedeira) para quem não quer brincadeira a sério: basicamente é um bar cheio de belas meninas vestidas com vestidos de gala que fazem companhia aos homens que lá entrarem. Encontram-se também cá fora à porta para os aliciar. Há ruas inteiras com porta sim, porta sim de 'hostess bares'. No entanto, fica mais caro que os hotéis: paga-se a entrada, paga-se uma bebida à menina que se dirige ao cavalheiro e só aí já vão uns 150€ e o desgraçado ainda nem pediu uma bebida para ele...

Mais barato é o chamado "delivery health"!
...Pois, a "saúde a domicílio" são hostess ou prostitutas, conforme a saúde que se for tratar, que se deslocam a casas. Em geral, são mulheres nos seus 20-30 anos que o fazem para poderem comprar a roupa e carteiras da moda. É muito comum.

Falta as 'ko-gals' agora.
No Japão, a tez nívea (como dizia o Camões para pele clara) é o máximo da beleza feminina. Ora a juventude do contra decidiu atirar-se aos solários e ficar o mais escuro possível. Que dá um laranja escuro, mas prontos.

Por isso, sempre que se vê uma rapariga com tez alaranjada, cabelo pintado e maquilhagem brilhantíssima (aberrante na minha opinião) os homens fazem uma cara de pateta alegre e as mulheres olham com má cara. Porquê?

Porque as ko-gal prostituem-se para serem rebeldes e para poder, mais uma vez, comprar roupas e carteiras de marca. Trata-se de raparigas entre os 15 e 25 anos e os clientes costumam ser homens casados, abordados nas ruas de Shibuya.

'Gals' é o diminutivo de 'girls' e 'ko' significa corcunda em japonês. Elas costumam sentar-se no chão em grupinhos e faz parecer uma data de corcundas - pelo menos, é esta a lógica do nome :)



3 comentários:

Fabiano disse...

"Entre os 15 e 25 anos". Isso não é pedofilia (pelos menos aos 15)?

Hachiko Madoka disse...

...isso é muito relativo lá para aquelas bandas!

Silvana Ferreira disse...

ola, gosto muito do seu blog, mas keria deixar uma observaçao, a tradução ideal para "hostess" não seria anfitriã/ão, do que hospedeira.? bjs