quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Museu Ghibli

Foi uma fita desgraçada conseguir lá ir....

No primeiro ano que lá fui, tinha já comprado os bilhetes cá pelo site deles, pois em todo lado diziam que era preciso comprar com meses de antecedência e que só dava com visita guiada. Bom, ok, vamos lá.
Infelizmente, não fiz bem as contas da duração da viagem, do fuso horário e dos transportes e lá se foi o bilhete caro como o raio pó caraças!

No ano a seguir, em que lá estive 3 meses, teimei que havia de conseguir lá ir.

Na família onde fiquei disseram-me que os bilhetes se podiam comprar numa loja de conveniência da cadeia Lawson. Lá fui eu então.

Tinha lá uma máquina onde se comprava bilhetes, tipo multibanco, mas estava escrito em kanji e katakana, pelo que me fui safando, mas não descobri o que queria.
Resolvi então ir ao balcão pedir ajuda.

Ó my god.... primeiro que eles entendessem o que eu queria, foi um filme. E porquê?
Nós dizemos "studio ghibli" à inglesa, certo? Mas ninguém ideia de como eles dizem isso em japonês........
STAJIU JIBURII!!!!!!!!!!!
Entendem agora a grande complicação? Foi preciso eu mencionar o Totoro para eles chegarem lá e foi preciso eles escreverem por extenso "studio ghibli" e lerem aquela coisa!
Parecia uma conversa de parvos.

Enfim, lá me mostraram como se comprava na máquina e lá fiquei com o meu bilhete sagrado.
Sabia que tinha apanhar o metro para Mitaka e que lá haveria um autocarro ghibli.

Não era logo à saída do metro, ainda foi preciso perguntar. Mas agora já sabia perguntar! Toda a gente sabia onde era a paragem jiburi em Mitaka! Lol.
Não se paga nada, se já se tiver o bilhete. O autocarro era muito giro, como já mostrei uma vez.

O edifício não era nada de especial, mas tinha pequenos detalhes engraçados. Para grande desgraça, não se podia tirar fotos lá dentro :(
Chatice. O mais fixe não pude mostrar. Tinha que se comprar os postais ou o guia.
E, muito sinceramente, os postais não mostram grande coisa.
Enfim, tirei ao que pude de fora. Cromos.

Por dentro, também não tinha muita piada, a não ser que se estivesse atento aos pequenos detalhes. Para os mais pequenos, tinha paredes com passagens pensadas para eles, peluches tamanho real das personagens...

A loja de souvenirs tinha, sim, muita coisa. E MUIIITO CARA, também... T
rouxe um calendário de caco do Totoro, que me custou os olhos da cara, e uns porta-chaves de peluche.
Não deu para souvenirs para ninguém. Por outro lado, também não conhecia ninguém tão doida por Totoro como eu, lol.

Valeu, estive lá, mas foi pena não poder mostrar mais.

Descobri, entretanto, que há mais museus dedicados à animação japonesa. Irei investigar da próxima vez ^^

Existe mesmo uma terra (Sakaiminato) que tem várias estátuas de personagens do manga Gegege no Kitarô, pois o autor nasceu lá. Tão a imaginar?

sábado, 14 de fevereiro de 2009

Você disse kanjis??? Ó meu deus...

Parece que sim.
Para quem não saiba, a língua japonesa escreve-se com 4 alfabetos, um dos quais o nosso (que, no fundo, aos olhos deles até são 2 se olharmos para as incríveis diferenças entra as minúsculas e as maiúsculas). Usam-no para medidas (km, kg, etc), para a matemática e, nos últimos tempos para publicidade "cool", porque é fixe tar escrito em inglês ou em francês, certo?

Têm os Kanji, que deriva do alfabeto chinês, feito de palavras inteiras; os Hiragana, que são uma simplificação dos Kanji, que compreendem 46 sílabas; os Katakana, com as mesmas 46 sílabas, que servem apenas para nomes estrangeiros ou estrangeirismos.

Os chineses contam com 300.000 caracteres e os japoneses com 60.000 ideogramas (os Kanji, pois vêm de desenhos de ideias), mas se formos a ver: o total de palavras em português é cerca de 400.000, das quais, em qualquer língua é impossível sabê-las todas, pois existem os termos técnicos de todas as àreas.

Neste contexto, os japoneses precisam de saber 2.000 a 3.000 kanji para poder ler o jornal, assim como nós precisamos de saber 1.500 palavras em português para uma comunicação normal. Neste ponto de vista comparativo nem me parece tão assustadora a quantidade de Kanjis deles ou não é?

Ora bem, agora preparem-se pó fantástico: os miúdos na 1ª classe aprendem os 46 Hiragana, os 46 Katakana, os 26 do nosso alfabeto (ou 52, se entrarmos na lógica de que são 2) e 80 Kanji!!!!!!!! Que cabeças!!!

Depois na 2ª classe, aprendem mais 160 Kanji. Na 3ª, mais 200 Kanji. Na 4ª, outros 200 Kanji. E por aí em diante...

E depois, há que notar que os Kanji são bastante diferentes de qualquer um dos outros alfabetos, pois é preciso saber o quer dizer em português, é preciso saber ler a leitura japonesa (a que está associada ao significado), a leitura chinesa (quando se junta mais do que 1 Kanji, estes lêem-se nesta leitura), saber com quantos traços se escreve e qual a ordem específica deles.
Ah pois! Qualquer caractere japonês tem uma ordem específica de escrita, assim como diferentes formas de terminar um traço... enfim, arranjaram maneira de nos dar em doidos, lol.

Por outro lado, apesar dessas dificuldades, eu adoro aprender cada vez mais Kanji :)
É uma arte!!

E depois ainda há a arte da caligrafia, para quem queira aprofundar o saber e beleza dos traços... Note-se que os japoneses aprendem inicialmente os Kanji mesmo com pincel, alguns tpc são a pincel. Tive uma professora assim: primeiro pintava-se e depois de já estarem bem desenhadinhos é que se passava para o lápis. Exacto, usa-se sempre lápis, nunca caneta, mesmo em exames. Os profs vão verificar.

Devem ter reparado que os exercícios são sempre feitos em quadrados e não linhas. É. Os nossos cadernos de 2 linhas para eles são uma data de quadrados, pois é suposto ter um caractere por quadrado, sem espaços entre as palavras, é tudo seguidinho. No ínicio é uma confusão saber onde começa e onde acaba uma palavra XD. Mas depois passa, eu juro hehe.






sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Goodies, goodies, goodies.... quanto mais goodies melhor :)

Os japoneses adoram goodies ou merchandising, como lhe quiserem chamar. De tuuuudo.

Há de personagens de anime, de séries, como também de comida, de profissões, enfim para todos os gostos e em todos os formatos.

Como já mencionei antes, as strap são o que se dependura nos telemóveis para d
ecoração.
Há também a variante - os cleaners, que como o nome indica é para limpar... o écrã do telemóvel. Parece-me bem, mas como não podia deixar de ser, estão sempre altamente personalizados.


Todas as personagens de todas as séries têm direito à sua strap, muitas vezes com vários 'fatos diferentes'. Como, por exemplo, a Hello Kitty. Bem... ela domina! Nunca pensei que fosse possível ter tanta fatiota. É original, no mínimo.

Mas depois também há straps com comida, bebida, móveis, monumentos, produtos de beleza, gadgets, coisas que não servem para nada, plantas, jóias, montinhos de m%*§a, etc. O que quisermos trazer sempre connosco, existe para pôr no telemóvel ou em porta-chaves, lol!
A loja de straps que mais uso, a strap-ya, tem uma variedade parva de miniaturas, é incrível o que lá se encontra.


Mas o mais engraçado é que o que é "kawaii" (querido) é um sucesso, de tal forma que, mesmo que sejamos uma pessoa importante e formal, não fica mal andarmos com uma data de bonecos dependurados ou então com uma gravata de bonecos. Tão a imaginar o chefe com uma gravata do Duffy Duck? E a senhora da limpeza com peluches dependurados na bata? Muito bom.
Eu apoio!!! Eu também ando com 12 straps no telemóvel lol. E na bolsinha dele mais 4, hehe.

Mas voltando aos goodies em geral: não existem apenas sob a forma de straps...
Há almofadas, sacos de papel, porta-chaves, fita-cola, apoio de fita-cola, lata para canetas e lápis, caixas de arquivos, capas transparentes, ímans, fronhas, carteiras, caixas de cds, tapa-teclados, segura-telemóveis, capas para livros, caixas em geral, bolsas, can
deeiros de papel, cestos do lixo, estojos, agrafadores, x-actos, toalhas, post-its, segura-livros, bonecos que funcionam como panos de limpeza, tampas de sanitas, vasos, segura-fotos, kits para lentes de contacto, carimbos, tapetes de rato, caixas para cartões de visita, tampas de garrafas, marcadores de livros, bases de copos, leques, máquinas de calcular, bolsas para chá, apoio-de-pauzinhos, ovos de sais de banho, bússulas, talheres, espanta-espíritos, pisa-papéis, caixas de jóias, calendários, caixas de clips, figurines, gashapons, miniaturas de comida, miniaturas de eventos, colares, formas para comida, ventoinhas de mão, stand-pops, porta-lenços, estatuetas, relógios, abre-cartas, etc. Eles são imparáveis!

Em Akihabara, a "Electric Town" (como se vê na saída do metro) encontramos tudo!
Lojas de 9 andares só de merchandising de anime, jogos e gadgets ou então só de computadores, consolas e afins. Mas 9 andares é dose!
Imaginem avenidas porta sim, porta sim com lojas deste género! É de perder a cabeça...
Mas aconselho a qualquer um :)

É impossível não personalizarmos o que quer que seja naquela terra. Agora imaginem o stress que de
ve ser ter que usar uniformes todos os dias. Lá está, tem montes de piada-los todos vestidinhos de igual e depois cheios de straps e cenas do género, lol.

Eu sigo o exemplo deles, aliás, devido aos guizos dos meus straps no telemóvel e mochila (pois todos os fechos são bons para dependurar uns quantos straps) os meus amigos sabem quando me aproximo ^^